sexta-feira, 19 de outubro de 2012

MÚSICA PRA VER


Fazer turismo e visitar lugares que foram importantes para a música pode ser uma boa pedida


Para quem gosta de viajar levando sempre seu fone de ouvido, para curtir as suas canções preferidas e fazer as melhores visitas com trilha sonora, existe outra forma de juntar estes dois prazeres : turismo musical!
Que fã de Beatles nunca sonhou em tirar aquela foto – óbvia e necessária – na faixa de pedestres mais famosa do mundo? O Estúdio Abbey Road, na rua de mesmo nome em Londres, onde foram gravados discos icônicos como o próprio “Abbey Road” dos Beatles e “Dark Side of the Moon”, do Pink Floyd, não é aberto para visitas (foi aberto apenas no dia 10 de março deste ano, por ocasião do seu aniversário de 80 anos). Mas a faixa de pedestres, essa é pública e dá pra sentir o clima de rock ‘ n roll transitar pela paisagem.
Ainda na Inglaterra, na cinzenta Manchester, os fãs de Smiths e Joy Division têm um prato cheio. Dar uma esticada a essa cidade, que entre tijolos vermelhos e carvão foi palco da produção de bandas de rock como nenhuma outra, vai render uma foto em frente ao Salford Lads Club, que aparece na capa de “The queen is dead”, do Smiths.
E se você preferir um local mais... tranquilo? Cemitérios em geral não são locais de visitação turística. Mas isso não é verdade no caso do cemitério Pére-Lachaise, onde está enterrado Jim Morrison, o Rei-Lagarto. Na parte nordeste de Paris, a “Cidade dos Mortos” como é chamada pelos parisienses, é um lugar romântico e poético, mesmo porque inúmeros escritores e poetas estão enterrados lá! Oscar Wilde, Victor Hugo e Proust são alguns deles. Podem ser feitas visitas guiadas por cerca de 6 Euros ou você também pode comprar um mapa e sair explorando o campo santo... Pra ser exato, Jim passa sua vida eterna na parte centro-sul do cemitério.
Pra pisar o chão que nossos heróis mortos de overdose pisaram, bem, também existe um lugar e fica no West Sunset Boulevard, Hollywood. É o Whisky A GoGo Bar, onde balançaram Jim Morrison, Janis Joplin, Eric Burdon, Stooges, Buffalo Springfield, para falar só de alguns. Se não chegar a ver um fantasma do rock zanzando nos embalos de sábado à noite, tome um whisky e curta o som. Hoje ainda funciona ali a casa de shows.
Mas você também não precisa ir muito longe. Pegue um ônibus para BH e vá até o bairro de Santa Teresa, exatamente na esquina entre a Rua Divinópolis e a Rua Paraisópolis. Apesar de o próprio Milton Nascimento negar a existência de uma sede fixa para os encontros do Clube da Esquina, dizem que ali era um dos locais em que a trupe se encontrava. O Clube da Esquina nasceu na década de 60, a partir do encontro de Milton Nascimento e os irmãos Borges – Marilton, Lô e Márcio, além de Fernando Brandt. O nome foi ideia de Márcio, que ao ouvir a mãe perguntar dos filhos sempre ouvia: “Estão lá na equina, cantando e tocando violão.” Hoje na esquina há uma placa com a letra da música e um breve relato do movimento.
Para relaxar, na Cidade Maravilhosa você estará a duas quadras da praia de Ipanema para sentir a brisa que sentiu o Rio nos tempos da bossa nova... Entre o final dos anos 50 e anos 60, o bar do Veloso era o ponto de encontro de Tom Jobim e Vinicius de Morais, que ficavam por lá tomando um chope gelado e apreciando o passeio das moças bonitas. Dizem que Frank Sinatra tinha o telefone do bar, para quando queria encontrar Tom Jobim. Também reza a lenda que foi lá que estavam quando viram a musa Helô Pinheiro, que os inspirou a compor "Garota de Ipanema". Hoje o bar leva esse nome, na Rua Vinicius de Morais.

Texto de Daniele da Gama e Maria Catarina Carvalho

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