segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A IMAGEM QUE ELEGE



Escolher um governante não é uma tarefa fácil, ainda mais quando este não é tão conhecido pela população. A imagem de um politico é capaz de gerar confiabilidade em uma sociedade. Mas até que ponto os estereótipos construídos conseguem alavancar a credibilidade do mesmo?
São João del-Rei Há alguns dias elegeu para prefeito o ex-reitor da UFSJ, Professor Helvecio Reis, um homem que era conhecido no mundo acadêmico, mas não o suficiente para ser eleito como representante de um município. Segundo o mesmo, o trabalho de construção da sua imagem junto à comunidade se deu quatro meses antes das eleições. E foi esse trabalho que o ajudou a se tornar conhecido na cidade e a transmitir confiança aos eleitores.
Para a Julyana de Carvalho, a confiança que ela teve em votar no atual prefeito, foi o contato corpo-a-corpo feito por ele todo esse tempo, pois assim, ela pode perceber o quanto humilde e comprometido ele é. “Ele veio aqui em casa, conversou comigo, me abraçou, rimos, falamos dos problemas do bairro e da minha rua. Ele ouviu todas as minhas indignações e se mostrou pronto a nos atender. Espero que ele faça muito pela cidade, porque ele é um bom homem e me pareceu honesto.”
Ao mesmo tempo o candidato concorrente, Nivaldo Andrade, utilizou pouco dos recursos de comunicação em sua campanha, por já ter uma imagem firmada junto à sociedade. O mesmo declarou-se igual ao povo, vindo do povo, ser de família humilde e simples. Criando ai um estereotipo forte, porém não o suficiente para elegê-lo.
A Professora Doutora Adélia Diniz,  questionada sobre os motivos que levam uma sociedade a mudar seus conceitos junto à ideia de imagem representacional de um povo, afirmou que isso acontece porque o povo passou a ser mais critico e consequentemente irá se identificar com a imagem que o mais represente. ”A imagem que é construída se torna um mix de atributos de natureza pessoal com outros de natureza funcional”.
Dona Ângela da Silva, balconista, acha que a imagem dos políticos de São João del-Rei não interferiu muito em suas escolhas. Para ela, o que mais a ajudou na hora de votar, foi o santinho que tinha em casa. “Eu não fui muito pelo que eles são, votei no primeiro que vi lá em casa. Já estou cansada dessa falação de melhorias e até hoje não ter nada diferente”.


Texto de Eduardo Gaio

Nenhum comentário:

Postar um comentário