Escolher
um governante não é uma tarefa fácil, ainda mais quando este não é tão
conhecido pela população. A imagem de um politico é capaz de gerar
confiabilidade em uma sociedade. Mas até que ponto os estereótipos construídos
conseguem alavancar a credibilidade do mesmo?
São
João del-Rei Há alguns dias elegeu para prefeito o ex-reitor da UFSJ, Professor
Helvecio Reis, um homem que era conhecido no mundo acadêmico, mas não o
suficiente para ser eleito como representante de um município. Segundo o mesmo,
o trabalho de construção da sua imagem junto à comunidade se deu quatro meses
antes das eleições. E foi esse trabalho que o ajudou a se tornar conhecido na
cidade e a transmitir confiança aos eleitores.
Para a Julyana de Carvalho, a confiança que ela teve em votar no atual prefeito,
foi o contato corpo-a-corpo feito por ele todo esse tempo, pois assim, ela pode
perceber o quanto humilde e comprometido ele é. “Ele veio aqui em casa,
conversou comigo, me abraçou, rimos, falamos dos problemas do bairro e da minha
rua. Ele ouviu todas as minhas indignações e se mostrou pronto a nos atender.
Espero que ele faça muito pela cidade, porque ele é um bom homem e me pareceu
honesto.”
Ao
mesmo tempo o candidato concorrente, Nivaldo Andrade, utilizou pouco dos
recursos de comunicação em sua campanha, por já ter uma imagem firmada junto à
sociedade. O mesmo declarou-se igual ao povo, vindo do povo, ser de família
humilde e simples. Criando ai um estereotipo forte, porém não o suficiente para
elegê-lo.
A Professora Doutora Adélia Diniz, questionada sobre os motivos que levam uma
sociedade a mudar seus conceitos junto à ideia de imagem representacional de um
povo, afirmou que isso acontece porque o povo passou a ser mais critico e
consequentemente irá se identificar com a imagem que o mais represente. ”A
imagem que é construída se torna um mix de atributos de natureza pessoal com
outros de natureza funcional”.
Dona Ângela da Silva, balconista, acha que a imagem dos políticos de São João
del-Rei não interferiu muito em suas escolhas. Para ela, o que mais a ajudou na
hora de votar, foi o santinho que tinha em casa. “Eu não fui muito pelo que
eles são, votei no primeiro que vi lá em casa. Já estou cansada dessa falação de
melhorias e até hoje não ter nada diferente”.
Texto de Eduardo Gaio
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