segunda-feira, 8 de outubro de 2012

ELEIÇÕES MUNICIPAIS NA REGIÃO DAS VERTENTES

                          



       Neste 7 de outubro, o processo eleitoral aconteceu em todo o país. Este foi também o período em que diversos eleitores puderam optar ou não pela mudança. As eleições aconteceram sem maiores transtornos na região dos Campos das Vertentes. Em cidades como Barbacena, Santa Cruz de Minas e São João Del Rei os eleitores decidiram todos os seus representantes, visto que não há segundo turno em cidades com menos de 200 mil habitantes.
       Em Barbacena, de acordo com a mesária, Paula Mendes, as eleições foram tranquilas. Paula lamenta apenas que “muitas pessoas não compareceram, muitas justificaram. Acredito que deveria ter tido uma participação maior da população, em algo tão importante”. Enquanto o eleitor, Renato Aparecido, afirma “Mesmo existindo leis e resoluções que proíbem certas condutas, muitos candidatos ainda persistiram em fazer campanhas proibidas para o dia do pleito, tais como a compra de voto, boca de urna e até gasto com pessoas para agitar bandeiras de propaganda, o que é proibido.” O eleitor completa “Deveríamos olhar mais para o bem da cidade do que pelos interesses pessoais. Sinto que o que definiu esse pleito foi a questão do eleitor pensar em seus interesses pessoais”.


       Segundo a presidente de seção, Eliane de Paula Rocha, que atuou em um distrito barbacenense da zona rural São Sebastião das Torres, as eleições seguiram normalmente e sem maiores conflitos.  “No início o pessoal não estava acostumado com o uso do documento com foto, aqui na zona rural não tinham esse hábito, o que causou um conflito inicial. Foi a primeira vez que eu fui presidente aqui, mas não podia permitir que a lei não fosse cumprida. Nesta seção não houve nenhum caso de boca de urna”, aformou Eliane. Para a mesária, Paola Kariny, o processo eleitoral também se sucedeu sem grandes conflitos. Em sua seção, da região central da cidade, “houve tranquilidade ao votar, sem grandes filas e organizada”.
       Em Santa Cruz de Minas, de acordo com o presidente de seção, Francisco de Assis Silva, as eleições foram tranquilas. “Apesar de muitos idosos terem tido dificuldade para votar, o nervosismo e a mudança de local das seções, foi o maior agravante, confundindo um pouco as pessoas” afirma. Segundo o estudante, Isaias Cirilo de 21 anos, a internet e principalmente o Facebook, foram ferramentas muito importantes para as eleições desse ano. “Apesar de não morar mais em Santa Cruz de Minas, pude acompanhar toda a movimentação eleitoral pela rede social. Foi uma ótima oportunidade que os candidatos tiveram para mostrar suas ideias”, disse ele.
       Enquanto a eleitora, Graziela Raquel da Silveira, 17 anos, desabafa “Meu coração está batendo muito forte, estou muito nervosa. É a minha primeira eleição, tenho a consciência de que meu voto é muito importante. Por isso analisei as propostas de todos os candidatos e escolhi uma pessoa diferente, com propostas voltadas para o social e para a melhoria e crescimento da cidade”. E completa, “As coisas não podem ficar do jeito que estão, já sofremos muito com essa falta de administração e de responsabilidade com o futuro de nossa cidade”. 

       Os candidatos ao cargo de prefeito estavam tranquilos e evitaram ficar próximos aos locais de votação. “Até agora a nossa campanha foi muito bonita, muito limpa. A expectativa é boa, é de mudança. Hoje, a orientação que passamos para nossa equipe é mais de fiscalização”, afirma a candidata, Sinara Campos.
       Em São João Del Rei, uma das únicas cidades brasileiras que possui o sistema biométrico de votação, foram esperados mais de 63 mil eleitores. A disputa pela prefeitura aconteceu entre o atual prefeito Nivaldo de Andrade do PMDB, Helvécio Reis do PT e Jordano metalúrgico do PSOL. A câmara municipal contará com os 13 vereadores eleitos nesse domingo. “A cidade está dividida e o resultado será surpreendente”, afirma Solange Souza a respeito da disputa entre os principais candidatos a prefeitura. As eleições seguiram sem tumultos ou grandes filas de espera.



Texto: Bruna de Faria, Isabela Mesquita, Paulo Carvalho e Rafaela Ramos
Fotos: Rafaela Ramos




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